Após uma audiência com o presidente do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), Antônio Gustavo Rodrigues, o sub-relator de sistematização da CPI dos Sanguessugas, deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), avaliou que o dinheiro apreendido pela Polícia Federal para a compra de dossiê contra tucanos deveria estar guardado há muito tempo. "A minha avaliação é a de que o saque foi de apenas R$ 25 mil. O restante era dinheiro guardado em algum cofre. Os envolvidos têm de informar de onde vem este dinheiro. Caso contrário, estarão comprometendo o PT inteiro", afirmou.
O presidente da CPI, Antonio Carlos Biscaia, que também participou do encontro com o presidente do Coaf, disse que até o momento o Conselho ainda não encontrou nenhum saque envolvendo qualquer das pessoas citadas no caso do dossiê. Ele e Sampaio afastaram a hipótese de leniência do Coaf. "Não há elemento que indique isso. Ficamos quase duas horas na reunião com transmissão online de todos os dados que solicitamos", contou Biscaia. Carlos Sampaio completou: "Não há má-fé nem demora do Coaf. Isso é dinheiro antigo e muito bem guardado.
Carlos Sampaio pediu ao Coaf um levantamento estatístico dos saques nas agências dos bancos Safra, Bradesco e BankBoston com valor superior a R$ 100 mil entre os dias 10 e 15 deste mês. O objetivo, segundo Sampaio, é examinar a movimentação para pedir eventualmente à Polícia Federal que identifique movimentações mais significativas, se existirem.