O maior problema do câmbio flutuante é que ele realmente flutua, já doutrinava na época engalanada por plumas e paetês o ex-ministro da Fazenda Antônio Palocci, então saudado por nove entre dez políticos e empresários como a encarnação do mago Merlin da economia brasileira.

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Cotado anteontem a R$ 1,98, o dólar norte-americano desabava para seu menor patamar desde janeiro de 2001, ante a contemplação sem sobressaltos do Banco Central, mais atento e confiante nos excelentes augúrios soprados pela curva ascendente e, ao que parece, inabalável, do crescimento econômico mundial.

O mercado contava com uma intervenção mais enérgica do BC para conter a queda do dólar, mas a instituição deu-se por satisfeita com a aquisição de apenas US$ 425 milhões. Para os analistas, um comportamento meramente burocrático.

Há quem aposte que o governo brasileiro esteja pensando em manter a moeda de Tio Sam oscilando entre R$ 2 e R$ 1,90 até o final do ano. Sinal nesse sentido foi emitido pelo ministro Miguel Jorge, para quem é prioritária a criação de projetos de emergência à indústria têxtil e de vestuário, automóveis, calçados, móveis e automóveis.

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São esses os setores econômicos mais suscetíveis aos malefícios do câmbio favorável aos importadores. O apoio, entretanto, não pode demorar.