Brasília ? A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, o diretor-presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Milton Zuanazzi, e o presidente da Varig, Marcelo Bottini, participam de audiência pública na Comissão de Turismo e Desporto da Câmara para discutir a situação financeira da empresa aérea na próxima quarta-feira (3).

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Na última quarta-feira (26), o presidente da Varig disse que deve ser feita uma reestruturação na empresa, com a redução de salários e pessoal. Em audiência no Senado na última terça-feira (25), o coordenador dos Trabalhadores do Grupo Varig (TGV), Márcio Marsillac, afirmou que devem ser demitidos cerca de 2.900 funcionários e os salários reduzidos em 30%.

Ontem, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o governo "não vai colocar dinheiro público" para salvar a companhia aérea Varig. Mas afirmou que "o que poderemos fazer é financiar a salvação da Varig, desde que a Varig cumpra com o seu papel". Segundo ele, a situação da Varig deve ser tratada "com racionalidade" e que a solução para os problemas financeiros da companhia têm de estar "de acordo com as leis de mercado", disse ele.

Lula deu entrevista após participar do Feirão da Casa Própria, promovido pela Caixa Econômica Federal na capital paulista. O presidente afirmou ainda que concorda com os argumentos apresentados pelo juiz Luiz Roberto Ayoub, da 1ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, encarregado do processo de recuperação judicial da companhia aérea. Ayoub afirmou, à Agência Brasil, no dia 20, que a existência da empresa é benéfica para o país não só porque garante milhares de empregos como porque é mais uma opção de transporte aéreo para os consumidores brasileiros.

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O juiz se reuniu na última quinta-feira (27) com o ministro da Defesa, Waldir Pires, para debater a situação da empresa. Depois do encontro, Ayoub disse apenas que "a solução está sendo construída" e que na terça-feira próxima (2) a situação da Varig será apresentada aos credores.