A ministra-chefe da casa Civil, Dilma Rousseff, afirmou hoje depois do desfile comemorativo ao 7 de setembro que no governo ninguém no governo está de "salto alto" por causa da vantagem nas pesquisas eleitorais nem acha que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva já ganhou a eleição.

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"A gente sabe que a eleição é decidida no dia da eleição, essa é a nossa posição, bastante prudente e respeitosa com o eleitor", afirmou. Em seguida, no entanto, ela deixou escapar que a decisão será em primeiro turno. "A eleição, quanto mais respeitosa for melhor para a democracia, porque eleição acaba dia primeiro de outubro, e melhor também para o País e para a República".

A uma pergunta se estava mesmo certa de que não haverá segundo turno, ela foi mais cautelosa: "Pode ter e pode não ter. As pesquisas apontam para uma decisão em primeiro turno. Agora, isso não está garantido, não está assegurado. Nem nós fazemos disso um cavalo de batalha.

O ministro da Defesa, Waldir Pires, também falou da sua expectativa em relação ao segundo mandato. "Há um sentimento de que continuará este processo", comentou o ministro. Ele disse que o assunto predominou no palanque de autoridades. "Trocamos idéias", minimizou o ministro, acentuando que "há um sentimento de otimismo e o processo a que me refiro, é no sentido de que mantenhamos o rumo, vencendo as dificuldades e construindo uma sociedade decente".

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O governo não admite mas, a certeza da vitória de Lula é tanto que ele já confirmou presença na abertura dos trabalhos da assembléia geral da ONU, marcada para os dia 18 e 19 de setembro. "É importante a minha participação. Não vou faltar. É tradição o Brasil abrir a sessão e quero estar presente", disse Lula, segundo um assessor palaciano, acentuando que estaria lá, não importando qual fosse a sua situação na corrida eleitoral, na época. A viagem ocorrerá a 10 dias das eleições presidenciais.