A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, disse nesta segunda-feira (12) que a discussão sobre a sucessão presidencial em 2010, levantada pelo presidente reeleito do PMDB, deputado Michel Temer (SP), é "estranha" ao governo. Na convenção nacional peemedebista que homologou sua reeleição, Temer defendeu uma candidatura própria do partido nas eleições presidenciais com o apoio do PT.

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"O PMDB é um partido que pode e deve tomar as suas decisões nas suas convenções. (Mas) Eu acredito que qualquer discussão hoje sobre 2010 é prematura e, do ponto de vista do governo, estranha. Nós estamos iniciando o terceiro mês de governo do segundo mandato de quatro anos. Então, o nosso foco está concentrado em governar bem nos próximos quatro anos", afirmou Dilma, após um evento na sede da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), em Belo Horizonte.

Sobre a reivindicação do PMDB por mais um ministério, a ministra desconversou, mas defendeu que a composição da equipe do segundo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva seja baseada em critérios de qualidade. "Não participo da discussão a respeito de distribuição de ministérios ou a respeito de composição política. Eu acho que a composição política deve ser a mais qualificada possível".

Dilma também afirmou que a demora na indefinição do ministério não paralisou o governo. Ela também saiu em defesa do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, quando questionada sobre as críticas recentes de parte do PT à condução da política monetária. "Eu não concordo com esse tratamento dado ao ministro Meirelles. Acho que o ministro Meirelles tem os seus méritos", afirmou a ministra, observando que o "saldo positivo" da condução da economia durante os primeiros quatro anos do governo Lula é a garantia das condições para que o País possa agora crescer de "forma acelerada".

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Segundo ela, o próprio Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) é fruto de "firmeza na condução da economia". Dilma fez uma exposição sobre o PAC para empresários mineiros. Ela cancelou o encontro com o governador Aécio Neves (PSDB), previsto para a parte da tarde. A ministra disse que precisou retornar a Brasília para cumprir agenda de última hora.