Ao assumir, na tarde hoje, a chefia da Casa Civil, a ministra Dilma Rousseff disse que vai "ampliar e consolidar as ações prioritárias do governo" e deixou claro que seu trabalho não será apenas técnico. "Isso, definitivamente, é um trabalho político, um trabalho da política, entendida no sentido mais nobre do termo, que é a capacidade de homens e mulheres tentarem realizar um projeto nacional de desenvolvimento sustentável, um projeto de inclusão da população brasileira no desenvolvimento".
A ministra ressaltou que um trabalho de gestão nunca é exclusivamente técnico. "Ele é técnico, também, mas tem um componente político baseado nas políticas que os governos adotam para realizá-lo", explicou.
No discurso de posse, Dilma disse que pretende criar um ambiente para que todas as políticas desenvolvidas por cada ministro em seu ministério "tenham uma expressão clara para a sociedade". Ela afirmou que, a partir de hoje, sua missão "deixa de ser de uma executora de políticas e passa a ser mais de facilitadora e potencializadora do trabalho realizado pelos colegas".
A ministra garantiu que, como chefe da Casa Civil, estará atenta para a importância de uma interface com o parlamento. Segundo ela, a relação entre Executivo e Legislativo é fundamental para concretizar "os princípios da democracia". A relação com a sociedade civil, com movimentos sociais e empresários também estará dentro de suas prioridades.
Dilma Rousseff assumiu a Casa Civil da Presidência da República em substituição a José Dirceu, que pediu afastamento da pasta na última quinta-feira (16) para reassumir o cargo de deputado federal pelo estado de São Paulo.
Com a saída de Dilma do Ministério de Minas e Energia, assume interinamente a pasta o presidente da Empresa de Pesquisa Energética, Maurício Tolmasquim.