O governo acredita que a deflagração da Operação Navalha, da Polícia Federal, não vai atrapalhar a execução das obras e a aprovação pelo Congresso dos projetos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Eu acho que a descoberta dessa máfia ajuda o PAC porque cria um ambiente muito mais preservado para as licitações. Cria um cuidado maior, um temor, em todos aqueles que queiram utilizar licitações públicas para fins indevidos de que não ficarão impunes", afirmou a ministra chefe da Casa Civil Dilma Rousseff, que participou hoje de um encontro de prefeitos do PT em Brasília.
A ministra disse que considera excessiva a suspeita sobre o PAC. "Não existe programa que cometa delito de corrupção. Existem pessoas que cometem delito de corrupção", argumentou. Ela afirmou que o governo continuará fiscalizando as obras. "Nós no Brasil temos que aprender a apostar nas melhorias das instituições. Porque isso é que é duradouro".
Ela acredita que a Operação Navalha vai acabar com um esquema de décadas já que os envolvidos são funcionários antigos do governo. "O presidente Lula tem defendido muito o fim da impunidade. É levantar o tapete e tirar de baixo todas as irregularidades. É muito importante para essa fase que estamos de crescimento econômico, de distribuição de renda, que do ponto de vista institucional nós tenhamos um clima em que certas praticas sejam varridas do ambiente que cobre estas relações privadas e públicas", avaliou.
