A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, deixou claro ontem que o governo federal não deve acatar o reajuste de 16,67% dado pelo Senado aos aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que têm benefício superior ao salário mínimo, conforme emenda aprovada nesta semana. "Nós sempre tivemos a seriedade de colocar primeiro o interesse do País à frente dos interesses de qualquer categoria. Infelizmente não podemos dar este aumento. Nós poderíamos dar 5%", disse, lembrando o acordo fechado pelo governo federal com os aposentados

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Dilma negou-se a confirmar o veto presidencial, mas disse que o compromisso com a governabilidade "vai fazer com que o presidente analise isso profundamente e considere a hipótese do veto". A ministra avaliou que o aumento dado pelo Senado tem motivos eleitorais e visa criar dificuldades para o próximo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, caso este seja reeleito

"Esse aumento tem um impacto pesado na Previdência e isso tornaria extremamente grave (a situação) das finanças do País. Como eles (a oposição) acham que nós vamos ganhar a eleição, eles estão propondo 16%, porque estão tentando inviabilizar o governo depois da eleição", analisou. Dilma ressaltou que "o governo será extremamente responsável nessa questão"

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