Foto por: Christophe Simon
As estatísticas do futebol jogam mais a favor da Alemanha do que das outras três seleções finalistas, mas cada uma pode driblar a realidade e interpretar os números como quiser na expectativa de poder levar a taça para casa.
A Europa é do tipo que passa mal em viagem: uma seleção europeia jamais ganhou uma Copa em outro continente. Nas edições realizadas na América do Sul, Uruguai (que sediou a primeira Copa, em 1930), Brasil e Argentina dividem os títulos. Em compensação, os europeus nunca precisaram levar a taça por muito tempo no colo na volta para casa, porque sempre venceram os Mundiais que a Europa recebeu, com a exceção de Suécia-1958, em que o Brasil levou a melhor. Então, vantagem histórica para a única equipe não europeia semifinalista, o Uruguai.
A panelinha: apenas sete seleções ganharam a Copa em 18 edições. A última semifinalista e vencedora inédita foi a França, em 1998, exatos 20 anos depois de a Argentina ganhar e 24 de a Holanda ser finalista pela primeira vez. Então, vantagem para Alemanha e Uruguai, que são, respectivamente, tri e bicampeã.
A insistência: das quatro semifinalistas, a Alemanha é a que mais chegou a esta altura do campeonato. Nas últimas 14 Copas, desde 1954, os alemães disputaram sete finais e ganharam três. Em três edições ficaram nas semifinais e ficaram na briga pelos primeiros lugares.
A classificação da Fifa: com impressionante série de 44 vitórias, três empates e uma derrota nos últimos 48 jogos antes da Copa, a Espanha estava no segundo lugar do ranking, depois do Brasil. A Holanda estava na quarta posição, a Alemanha, em 6ª, e o Uruguai, em 16ª. Vantagem para a Espanha.
Final contra uma equipe anfitriã: a Holanda disputou duas finais de Copa e em ambas perdeu para o dono da casa (Alemanha, em 1974, e Argentina, em 1978). Então, como a África do Sul saiu de cena logo na fase de grupos, os caminhos estão livres para a Laranja deitar e rolar no estádio em forma de abôbora.