Uma disputa entre os números de pesquisas eleitorais foi levada ao ar nesta quinta-feira (19) nos horários políticos das coligações Paraná da Verdade (PDT/PP/PSB/PTB/PTC/PMN/PTN/PT do B/Prona), que tem o senador Osmar Dias como candidato ao governo, e Paraná Forte (PMDB/PSC), pela qual o governador Roberto Requião tenta a reeleição. Dias acentuou a veracidade do levantamento feito pela Alvorada Pesquisas, enquanto Requião destacou o Datafolha.
Os números da Alvorada, divulgados ontem pelo Jornal do Estado, de Curitiba, mostram Dias na frente, com 47,5% das intenções de voto, contra 43,2% dados ao oponente. Declararam-se indecisos ou não souberam responder 7,9% dos eleitores e 1,4% optaram pelos votos brancos ou nulos. Foram ouvidos 2.380 eleitores. No programa eleitoral, os coordenadores da campanha de Dias afirmam que o instituto é paranaense e conhece a realidade do Estado, além de ter acertado o resultado de nove eleições.
O programa de Requião, ao contrário, desconsidera essa sondagem e deu novamente destaque aos números divulgados terça-feira pelo Datafolha, pelo qual o candidato à reeleição abriu vantagem de quatro pontos porcentuais sobre o adversário, somando 49% das intenções de voto, enquanto Dias ficou com 45%. Em comparação com a pesquisa anterior, do mesmo instituto, Requião subiu quatro pontos e o adversário ficou estacionado.
No restante do programa, Dias falou de suas propostas para melhorar a segurança no Estado, que inclui contratação de mais policiais, já Requião destacou a construção de um hospital de reabilitação para deficientes. Mas ambos também foram ao ataque. No programa de Dias, foram apresentadas imagens de Requião. Numa delas, em meio a uma greve de agentes penitenciários, ele afirma: "Meu saco encheu com agentes penitenciários". Em outra, pergunta a uma funcionária de um hospital se ela trai o marido. E na seguinte esbraveja durante discurso a agricultores: "Aquele pessoal da faixa lá atrás, me perdoe a franqueza: meta a faixa no rabo".
No programa de Requião, novamente as denúncias de improbidade administrativa contra o vice de Dias, Derli Donin, ex-prefeito de Toledo, no oeste do Estado, voltaram à tona. Ele responde a oito ações civis públicas no município, acusado de enriquecimento ilícito, fraude em licitações, danos ao patrimônio público e formação de quadrilha. "Quem vota em Osmar Dias, vota em Derli Antonio Donin", reforça o locutor do programa.