O governador do Piauí, Wellington Dias (PT), afirmou que "não participou de qualquer acordo para direcionamento de licitações para a compra de ambulâncias". Por meio da Coordenadoria de Comunicação do Estado do Piauí, Dias esclareceu ainda que a licitação realizada "para a aquisição do objeto ambulância" ocorreu por meio de pregão eletrônico.

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Amparado em convênio com o Ministério da Saúde, o Piauí abriu licitação para compra de 143 ambulâncias. O negócio envolveu R$ 12,52 milhões – dos quais R$ 11 milhões saíram dos cofres da União. Segundo Tatiana Chaves, secretária estadual de Saúde, foram compradas ambulâncias de concessionárias da Chevrolet e da Fiat. "A Planam participou do pregão, apresentou preços mais baixos para fornecimento de 7 UTIs móveis, mas não a contratamos. Não conheço Luiz Vedoin nem sou filiada a partido político", disse.

Segundo Tatiana, "a mais forte demonstração de isenção" do governo é que os recursos do Ministério da Saúde só foram liberados no dia 10 de julho. "Era impossível que estivéssemos envolvidos em um processo desses porque nem poderíamos dispor do dinheiro.

O jornal O Estado de S. Paulo tentou contato com o governador Zeca do PT, de Mato Grosso do Sul. Ontem à noite, ele estava em Brasília. Seu ajudante-de-ordens, major Ezequiel, informou às 21h50 que Zeca estava "recolhido". João Paulo Esteves – ex-secretário da Saúde do governo Zeca do PT na época em que teria havido licitação para compra de ambulâncias – não respondeu à ligação.

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O ex-ministro da Saúde e candidato do PT ao governo de Pernambuco Humberto Costa afirmou ontem, em nota, que jamais conversou sobre a compra de ambulâncias com Cirilo – um dos intermediários do esquema – e que o dinheiro para pagar as cem ambulâncias adquiridas ainda no governo Fernando Henrique era legal, pois foi liberado com base no Decreto 4.594, de 2003.

Em Fortaleza, José Airton Cirilo se recusou a dar entrevista e continuou negando – por assessores – qualquer participação no esquema dos sanguessugas.

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