Termina hoje o fórum internacional Diálogos da Bacia do Prata, encontro preparatório para o 4º Fórum Mundial sobre as Águas, previsto para março do próximo ano, na capital do México. Durante três dias, cerca de 1.500 pessoas dos cinco países que exploram os recursos hídricos da Bacia do Prata se reuniram para debater soluções conjuntas para o uso racional da água na região. Ao final do encontro, serão divulgados um documento com a síntese das reuniões e a Carta da Sociedade Civil, contendo as sugestões que serão levadas ao México.
A bacia hidrográfica do Prata é a segunda maior da América do Sul, com área de 3,1 milhões de quilômetros quadrados e abrangendo áreas de cinco países – Brasil, Paraguai, Argentina, Bolívia e Uruguai. Os três rios principais da bacia – Paraná, Paraguai e Uruguai – formam o rio da Prata, ao se encontrarem em território argentino. A bacia do rio Paraná apresenta o maior potencial hidrelétrico instalado do Brasil e conta com trechos importantes para a navegação, com destaque para a hidrovia do Tietê.
O encontro será encerrado com a palestra do físico austríaco Fritjof Capra. Para ele, faltam leis e vontade política dos governos em todo o mundo para fazer frente à ameaça à vida na Terra. Segundo Capra, a ciência é a saída para a sustentabilidade da vida e o problema da poluição e degradação ambientais já deixou de ser técnico, porque há tecnologia para enfrentá-lo. A solução, afirma – está na mudança do modo de pensar das pessoas. Para ele, o novo paradigma deve basear-se na ecologia e em uma visão holística (integral) do planeta.