Porto Alegre – Cerca de 1.200 trabalhadores da região metropolitana de Porto Alegre participaram hoje (14) das manifestações do Dia de luta por emprego e políticas emergenciais de proteção aos desempregados.
O presidente da Central Única dos Trabalhadores no estado (CUT-RS), Celso Woyciechowski, disse que os manifestantes, em sua maioria desempregados do setor coureiro-calçadista e metalúrgicos da região, "buscavam trabalho, dignidade e inclusão social dos trabalhadores". Segundo Woyciechowski, eles pedem a criação de frentes emergenciais de trabalho, isenção do pagamento das dívidas atrasadas referente a água e luz; cesta básica e passe livre no transporte público para os desempregados.
À tarde, representantes da CUT-RS, Federação dos Metalúrgicos, Federação Democrática dos Sapateiros e o Movimento dos Trabalhadores Desempregados (MTD) foram recebidos por autoridades do governo estadual, que garantiram a criação na próxima semana, de uma câmara setorial para discutir as reivindicações. De acordo com o dirigente da CUT, os secretário do Trabalho, da Casa Civil e do Desenvolvimento "prometeram buscar alternativas para os problemas de corte de água e luz".
Woyciechowski informou que os trabalhadores vão continuar com as manifestações, mas vão aguardar a decisão do governo gaúcho para definir os próximos encaminhamentos do protesto. Ele disse que o setor ainda espera a resposta do governo federal para a pauta de reivindicações encaminhada no mês passado.
De acordo com informações da CUT-RS, cerca de 22.000 trabalhadores foram demitidos no Rio Grande do Sul devido à crise do setor coureiro-calçadista nos últimos meses. Nas indústrias de máquinas e implementos agrícolas, o número de desempregados já chega a 10.000.