O dia foi calmo no Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre. A pequena demanda por viagens no meio do feriadão fez com que as empresas cancelassem 17 vôos com origem ou destino na capital gaúcha. Outros nove vôos chegaram ou saíram depois do horário previsto. Todas as instalações do Salgado Filho estavam intactas e o saguão, com poucas pessoas, permaneceu limpo durante todo o dia.
Ao amanhecer, ainda ocorreram dois atrasos superiores a duas horas. À tarde, quando todas as outras viagens já estavam nos horários, chegou o último avião retardatário do dia. Era o vôo da Gol de Salvador para Porto Alegre, com escala no Rio de Janeiro, que deveria pousar às 11h50min e só chegou às 16h20min.
Entre as cargas, ostras
A operação-padrão dos controladores de vôo provocou transtornos também para quem depende do transporte aéreo de cargas. O presidente do Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas no Estado do Rio Grande do Sul (Setcergs), Sérgio Gonçalves Neto, diz que muitos despachos estão chegando com 24 horas de atraso. Cita o caso de sua empresa, a MS Express, que postou uma carga de formulários impressos na terça-feira, em Porto Alegre, para entrega na quarta-feira, no Rio de Janeiro. O volume ficou retido no aeroporto de Congonhas e só chegou às mãos do cliente na quinta-feira.
Em Florianópolis, a Fazenda Marinha Atlântico Sul teve de alterar os horários de seus sistema de coleta, beneficiamento e despacho de duas toneladas diárias de ostras para diversas capitais do País. Em condições normais, o trabalho era escalonado e permitia que as remessas chegassem ao aeroporto Hercílio Luz ao longo do dia, de acordo com a tabela dos vôos. Como os horários de saída dos aviões ficaram incertos, a empresa optou por colocar a maior parte das encomendas no aeroporto ainda de manhã, para pegar todas as possibilidades de vôos e não deixar de atender as encomendas a tempo.
