É o que revela o relatório mensal sobre Política Fiscal divulgado hoje pelo chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Altamir Lopes. Ele disse que a desvalorização cambial de 6,26% em maio foi determinante para o crescimento da dívida, pois contribuiu com R$ 4,2 bilhões relativos à dívida mobiliária interna indexada ao dólar e mais R$ 10,4 bilhões por serviços da dívida externa.
Altamir ressaltou, no entanto, que no acumulado do ano houve “redução significativa do endividamento na comparação com o PIB”, cuja relação era de 58,7% em dezembro do ano passado – queda de 1,93 ponto percentual – que contribuiu para reduzir as necessidades de financiamento e reflete, segundo ele, a responsabilidade fiscal do governo.
Exemplo desse bom comportamento, acrescentou, foi o superávit primário de R$ 5,839 bilhões no mês passado (melhor resultado consolidado da história para maio). Com isso, o saldo janeiro-maio soma R$ 38,268 bilhões (5,87% do PIB), superando a meta de superávit primário para o primeiro semestre.
O economista do BC afirmou que a dívida bruta do país (incluindo estados e municípios) totalizou R$ 1,273 trilhão, o que equivale a 76,4% do PIB. Houve aumento nominal em relação à dívida de abril, de R$ 1,270 trilhão (77,4% do PIB), mas caiu na comparação com os R$ 1,274 trilhão (78,9% do PIB) de março, devido a resgates da dívida externa em abril (R$ 14,9 bilhões) e da dívida mobiliária em maio (R$ 31,6 bilhões).
De acordo com relatório do BC, a dívida mobiliária federal fora do Banco Central, avaliada pela posição de carteira, totalizou R$ 748,4 bilhões, ou 44,9% do PIB, com redução de R$ 19,3 bilhões em relação ao total registrado em abril.
continua após a publicidade
continua após a publicidade