As pesquisas dos governos brasileiro e francês sobre o avanço da AIDS apontam as desigualdades sociais e culturais como o principal obstáculo no trabalho de prevenção e combate à doença. O assunto é o tema do 14º Seminário do Programa Franco-Brasileiro de AIDS.
Participam representantes dos Ministérios da Saúde dos dois países ? além da Colômbia, Peru e Venezuela -, e de organizações não-governamentais. Para o diretor do Programa Nacional DST/AIDS do Ministério da Saúde, Pedro Chequer, a troca de experiência pode ajudar os países a aperfeiçoar suas políticas públicas de saúde. Ele defende a realização de campanhas regionalizadas e o repasse de mais verbas para as regiões norte e nordeste, onde as pesquisas apontam um avanço da doença, principalmente no interior dos estados.
O diretor do Programa Nacional de Combate às Doenças Sexualmente Transmissíveis anunciou ainda que em 2005 vai ser implantado um projeto piloto de promoção à saúde, nas escolas públicas. O projeto inclui no currículo disciplinas de orientação sexual, uso de drogas, álcool e fumo, a partir da 1ª série. Pedro Chequer disse também que o governo está investindo em campanhas voltadas às mulheres e à população negra, que aparecem nas pesquisas do Ministério como os mais vulneráveis à doença.