O ano de 2002 deve encerrar com uma das maiores taxas de desemprego desde 1985, quando o Seade e o Dieese começaram a fazer a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), segundo avaliação do diretor técnico do Dieese, Sérgio Mendonça. A maior taxa de desemprego, até hoje, foi registrada em 1999, quando a média do ano atingiu 19,3% da PEA (População Economicamente Ativa). O segundo maior índice, por enquanto, foi o de 1998, de 18,2%.
Para Mendonça, a taxa média de 2002 deve se aproximar mais da registrada em 1999, com possibilidade de ficar superior. Até outubro deste ano, a taxa média do 2002 já chega a 19,01%. Ele destacou a piora no nível de emprego no segundo semestre do ano, movimento que ocorreu também em 2001, o que mostra um comportamento atípico. No ano passado, porém, o país sofreu com a crise de energia.
Para 2003, as perspectivas também não são muito otimistas. Na avaliação do diretor técnico do Dieese, uma recuperação no nível de emprego deverá ocorrer a partir do segundo semestre e a melhora na taxa anual só é esperada para 2004. “O melhor cenário para a economia em 2003 é de um crescimento de 3%. Com renda caindo, juro subindo e desemprego em alta, não dá para crescer muito além desse patamar. Além disso, vai ser difícil ocorrer uma recuperação significativa na economia mundial”, disse. (Correio Web/FolhaNews)