O desemprego é o segundo motivo que tem levado o brasileiro a figurar nos cadastros de restrição de crédito. A informação consta da pesquisa bimestral Perfil do Inadimplente, dibulgada hoje pela Telecheque.
Dos 1.120 consumidores consultados pela empresa entre maio e junho, 11% responderam que os seus cheques foram devolvidos por que eles estarem desempregados. Na pesquisa anterior, referente a março e abril, o desemprego era só a quarta causa da inadimplência, com 12% das respostas dos consumidores.
O maior problema do brasileiro ainda é o descontrole financeiro, apontado como causa da inadimplência por 20% dos consumidores, embora o percentual de consumidores que gastaram mais do que ganharam ou que simplesmente esqueceram de pagar suas contas seja menor em relação ao da pesquisa passada (27%).
“O fato de o desemprego ficar na segunda colocação no ranking de motivos da inadimplência é explicado pela lenta recuperação da economia no 1º semestre”, diz José Antônio Praxedes Neto, vice-presidente da Telecheque. Ele acrescenta que a recuperação dos índices de emprego formal, apontada por diversas entidades de pesquisa e pelo próprio governo recentemente, ainda não se refletiu no déficit financeiro acumulado dos consumidores.
O atraso salarial aparece na mesma colocação da pesquisa anterior, como a terceira razão da inadimplência. Do total de consumidores consultados, 10% alegaram ser esse o motivo da devolução dos cheques, ao lado do empréstimo do nome, com mesmo percentual. Na pesquisa anterior, o atraso salarial foi citado por 16% dos consumidores e o empréstimo do nome, que ocupava a segunda colocação, por 18% deles.
Diferentemente da pesquisa anterior, o descontrole financeiro, nesta pesquisa, foi maior entre os homens, já que 22% deles disseram ser esse o motivo da inadimplência, contra 19% das mulheres. O desemprego é apenas a terceira razão da inadimplência entre os homens, com 10% de respostas, e a segunda entre as mulheres (12%).
A pesquisa mostra, basicamente, o seguinte Perfil do Inadimplente: 56% dos inadimplentes são mulheres, 47% casados, com idade entre 21 e 40 anos (66%) e 2º grau completo (41%). A pesquisa ainda revela que 68% dos consumidores se tornaram inadimplentes com gastos entre R$ 50 e R$ 400 e com compras parceladas em até quatro prestações (81% dos casos).
A devolução de cheques dos inadimplentes referiu-se, principalmente, a gastos em postos de gasolina (17%), supermercados (15%), confecções (10%) e eletrodomésticos (7%). Entre os homens a inadimplência no segmento de postos de gasolina, primeiro colocado, chegou a 25%. Já entre as mulheres o segmento de supermercados liderou, com 16%, seguido de confecções (13%).
O estado que concentrou a maior parte dos inadimplentes foi São Paulo (17%), seguido do Rio de Janeiro (14%), de Minas Gerais (14%), Bahia (7%) e Ceará (6%). Entre os homens, o segundo Estado com mais inadimplentes foi Minas Gerais (16%) e o terceiro o Rio de Janeiro (14%).
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