Mesmo aplicando modalidades diferentes na aferição do nível de desemprego no País e, por isso, apresentando valores de aparente antagonismo, o IBGE e a Fundação Seade-Dieese, que realizam as pesquisas, concordam que os indicadores mostram relativa estabilidade no mercado de trabalho.
O IBGE trabalha com o desemprego aberto e inclui na consulta somente pessoas que procuraram emprego nos últimos trinta dias anteriores. Já a Seade-Dieese considera o desemprego aberto e aquele encoberto por trabalho precário, ou seja, o bico feito pelos que procuram trabalho fixo, ou mesmo os que desanimaram de procurar emprego por algum tempo.
A pesquisa do IBGE estimou a taxa de desemprego em 9,6% da PEA em setembro, um pouco maior que o índice de agosto. Por sua vez, a Seade-Dieese calculou o desemprego de setembro em 16,9% da PEA.
No último trimestre é tradicional a oferta de empregos temporários, criados pelo comércio e turismo, quando os números do desemprego têm uma queda considerável. Espera-se também ligeiro aquecimento das vagas no setor industrial e, dessa forma, a colocação de maior número de candidatos ao trabalho, hoje dolorosa incerteza para milhões de brasileiros.