Desempregados argentinos se oferecem para defender Chávez

Organizações de desempregados da Argentina disseram hoje que estão dispostas a viajar para a Venezuela a fim de combater os “golpistas” que tentam “tirar” o presidente Hugo Chávez do poder com uma greve geral iniciada há 52 dias.

“Nos oferecemos para defender a revolução bolivariana, combater e defendê-la porque acreditamos que os venezuelanos estão em perigo de ação golpista da oligarquia petroleira”, disse Jorge Ceballos, dirigente do grupo de desempregados “Barrios de Pie”.

“Estamos dispostos a defender como defenderam San Matín e Bolívar. Nós estamos dispostos a defender a mesma bandeira”, agregou.

A Venezuela vive desde o começo de dezembro uma greve convocada pela oposição para derrubar Chávez, que sofreu um breve golpe de Estado em abril de 2002.

Três organizações de desempregados, que faziam uma passeata em direção ao Ministério do Trabalho para pedir aumento do auxílio-desemprego e mais planos sociais, pararam em frente à Embaixada da Venezuela para expressar apoio a Chávez.

“As três organizações piqueteras [de manifestantes que bloqueiam ruas e estradas] que estão aqui manifestam diretamente a solidariedade de forma verbal”, disse Ceballos.

O protesto começou na manhã de ontem, com participação dos grupos “Barrios de Pie”, “Polo Obrero” e “Movimiento Independiente de Jubilados y Desocupados”. Os manifestantes acamparam durante a noite nos arredores da capital argentina e continuaram a passeata na manhã de hoje pelas ruas da cidade.

Antes de irem ao Ministério do Trabalho, onde o protesto terminará, os manifestantes passaram pela Embaixada dos Estados Unidos para expressar repúdio à guerra contra o Iraque.

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