As vendas da indústria paranaense registraram queda de 6,80% no mês de setembro em comparação a agosto, de acordo com a pesquisa Indicadores Conjunturais, do Departamento Econômico da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), divulgada na última segunda-feira (06). A redução se deve ao declínio de atividade observado em dez dos 18 gêneros pesquisados e reflete a expectativa pouco otimista em relação aos próximos meses.

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?Apenas nos momentos de desaceleração econômica foram verificadas reduções no mês de setembro?, diz o boletim divulgado. Nos mesmos meses de 2005 e 2004, as quedas registradas foram de 5,24% e 1,06%. De acordo com análise do Departamento Econômico da Fiep, a redução, justamente no período do ano (julho a outubro) em que se verificam historicamente os maiores níveis de atividade industrial do Paraná, sinaliza o desempenho que a indústria do Paraná deverá ter a médio prazo. 

Apesar da queda em setembro, o resultado acumulado pelo Paraná nos primeiros nove meses deste ano, em comparação a igual período do ano anterior, registrou um aumento de 4,43% nas vendas reais, ficando 0,10 pontos percentuais abaixo dos 4,53% registrados no acumulado do ano até o mês de agosto.

Resultados

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Os três gêneros de maior participação relativa na indústria paranaense apresentaram queda de vendas em setembro: Material de Transporte, (-14,69%), Produtos Alimentares (-7,31%) e Química (-6,43%).  O declínio é ainda maior em função do crescimento expressivo registrado em agosto por Material de Transportes e Química (que detêm a segunda e terceira maiores participações relativas nas vendas), respectivamente 22,13% e 24,53%.     O gênero Produtos Alimentares, o de maior peso relativo, apresentou redução devido ao baixo volume exportado.

Analisando o desempenho por destino, também comparado a agosto, o desempenho da indústria aponta queda nas vendas no Paraná (-4.58%), nas vendas para outros Estados (-4.67%) e nas vendas para o exterior (-15.29%).

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As compras de insumos também apresentaram queda sazonal de 10,77% em setembro, após aumento de 12,13% registrados em agosto. O que, de acordo com a pesquisa, evidencia ajuste na programação de produção, visando evitar excesso de estoques em um momento de expectativa pouco otimista para os próximos meses.

Com relação ao nível de emprego, a metade dos dezoito gêneros pesquisados alcançou resultados positivos, com aumento de 0,22%. O resultado acumulado de janeiro a setembro de 2006 contra igual período de 2005 apresenta redução de 3,57% em total de pessoal empregado e de 5,12% em empregos ligados diretamente à produção.