Rio de Janeiro – O setor industrial concentrou a maior parte dos recursos – R$ 27,192 bilhões – liberados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em 2006, um incremento de 16% sobre 2005.
O setor de infra-estrutura, embora tenha recebido R$ 16,992 bilhões, ficou praticamente estável, apresentando queda de 1% comparado ao ano anterior. O presidente do BNDES, Demian Fiocca, esclareceu que na área de infra-estrutura estão projetos de longo prazo de maturação, e que uma vez aprovado o crédito, a liberação depende do andamento do projeto.
A expectativa para 2007 é de que haja aceleração dos desembolsos para infra-estrutura, tendo em vista o aumento de 29% das aprovações de projetos de financiamento registrado no ano passado para o setor, disse Fiocca. As aprovações para infra-estrutura atingiram R$ 23,985 bilhões, em 2006.
O diretor da Área de Infra-Estrutura do BNDES, Wagner Bittencourt, informou que nas operações diretas, ou seja, realizadas diretamente junto ao banco, as aprovações de projetos de financiamento tiveram elevação de 50% em relação ao ano anterior, atingindo R$ 15 bilhões em 2006, contra R$ 10,1 bilhões em 2005 e R$ 6,4 bilhões em 2004. ?Isso demonstra que tem um crescimento constante e significativo, que deve continuar para os próximos anos?.
A perspectiva é de continuidade também das aprovações na área de insumos básicos, disse o diretor. Em insumos básicos, as aprovações diretas somaram R$ 13,4 bilhões em 2006, contra R$ 6,4 bilhões em 2005 e R$ 1,2 bilhão em 2004. As áreas de destaque em insumos básicos no ano passado foram siderurgia, papel e celulose e química e petroquímica.
Os maiores financiamentos aprovados em 2006 pelo BNDES beneficiaram as empresas Suzano Bahia Sul (R$ 2,4 bilhões), Telemar (R$ 2,4 bilhões) e Brasil Telecom (R$2,1 bilhões).
Maiores Financiamentos aprovados em 2006 |
Suzano Bahia Sul – R$ 2,4 bilhões |
Telemar – R$ 2,4 bilhões |
Brasil Telecom – R$ 2,1 bilhões |
Klabin – R$ 1,7 bilhão |
Projeto Gasene – R$ 1,36 bilhão |
ALL – R$ 1,1 bilhão |
Transnordestina – R$ 900 milhões |
Usiminas – R$ 900 milhões |
Refap – R$ 852 milhões |
CST (Tubarão) – R$ 719,4 milhões |
