Desembargadora do TJ do PA é acusada de desviar dinheiro

A desembargadora Ana Tereza Murrieta, do Tribunal de Justiça (TJ) do Pará, é acusada pelo Ministério Público e pela Ordem dos Advogados do Brasil de desviar dinheiro de depósitos judiciais cujos processos tramitavam por suas mãos.

Isso ocorreu quando ela atuava na 1.ª Vara Cível de Belém. Em maio, Ana Tereza foi promovida ao desembargo pelo critério de merecimento. Hoje, durante reunião do Órgão Especial do TJ, os 23 desembargadores mais antigos do Tribunal deram prazo de 15 dias para ela apresentar suas explicações sobre o caso.

Segundo o promotor de Interditos, Hilton Nery, os desvios já comprovados alcançam R$ 470 mil. “Ontem, me disseram que o montante já ultrapassa R$ 1 milhão, mas ainda não pude comprovar”, contou Nery. Ele explicou que as partes faziam depósitos judiciais no Banco do Estado do Pará. Ana Tereza endossava os cheques, ia ao banco e efetuava os saques.

O presidente da OAB no Estado, Ophir Cavalcante Júnior, foi taxativo: “O Tribunal precisa afastar do cargo, urgentemente, essa desembargadora. Se isso não acontecer, não haverá nenhum cidadão que dê credibilidade a ela”.

O advogado Hamilton Gualberto, contratado pela desembargadora para defendê-la no processo, afirmou que sua cliente está “tranqüila”, aguardando o momento de provar que as acusações contra ela não possuem “nenhuma procedência”.

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