Desde sábado, foram cancelados 52 vôos da Varig: 16 a cada dia no fim de semana e ontem, mais 20. Em nota oficial divulgada no início da noite de segunda-feira, a companhia confirmou os cancelamentos, mas procurou dar um ar de "normalidade" às operações suspensas, ressaltando que faz diariamente 180 vôos domésticos e internacionais.
No comunicado, a empresa atribuiu os cortes à "necessidade de manutenção de aeronaves e também às más condições climáticas nos aeroportos de Foz do Iguaçu, Florianópolis e Salvador, onde forte chuva interrompeu a operação de todas as companhias aéreas".
Apesar de a empresa preferir não dar maior destaque à redução de quase 10% em seus vôos durante três dias consecutivos, o fato é que a crise da Varig já atinge e prejudica os usuários. Ontem, os quatro vôos internacionais cancelados ligavam Rio e São Paulo a Buenos Aires, na Argentina.
O atraso na liberação de duas aeronaves que estavam em manutenção causou a suspensão de quatro vôos na ponte aérea Rio-São Paulo-Rio nas primeiras horas da manhã, quando é registrado o pico de movimento.
Os horários da rota só foram retomados a partir das 10 horas. Segundo Edevaldo Chechetto, gerente da Varig no Aeroporto de Congonhas, os cancelamentos fazem parte da rotina e não têm relação com a crise da empresa. "Não houve maiores problemas para os passageiros cujos vôos foram cancelados, pois conseguiram embarcar por outras companhias.