O serviço de inteligência da Secretaria de Segurança Pública do RJ descobriu que havia um plano do crime organizado para matar, no dia 1.º de maio, a coordenadora de Segurança, Jacqueline Muniz, e mais duas autoridades da área, cujas identidades não foram reveladas.

Segundo a secretaria, a informação chegou pelo Disque-Denúncia e dizia que o atentado ocorreria na festa promovida pelo governo para comemorar o Dia do Trabalho. A denúncia foi feita no fim de abril e revelada hoje por Jacqueline.

Ela contou que, na época, havia concedido entrevista a um telejornal, na qual falava sobre as ações de combate ao crime. A ameaça foi feita no mesmo dia e citava seu nome e os de mais duas autoridades. A coordenadora informou que não chegou a ser ameaçada diretamente. Por precaução, ela reforçou sua segurança, enquanto o serviço de inteligência verificava a informação.

“O serviço de inteligência pegou a denúncia, testou informações com as fontes e constatou que ela não procedia, tanto que em 1.º de maio eu cumpri minha agenda normalmente. A ameaça foi só para ter um efeito psicológico na secretaria.”

Presídios

Hoje, Jacqueline disse que o governo continuará monitorando os planos dos criminosos dentro e fora dos presídios. “O crime hoje está perdendo. Temos de continuar nesse enfrentamento.”

Já foram presos 1.800 traficantes, sendo 60 chefes de quadrilhas. Para Jacqueline, os bandos agora precisam tentar resgates porque os principais líderes estão detidos. A coordenadora disse que o Complexo de Bangu, na zona oeste, onde houve tentativa de fuga em massa, é muito vulnerável, por ser ultrapassado. Lá existem 16 unidades, que abrigam 80 % da massa carcerária do Estado.

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