Desastre a caminho

O presidente George W. Bush fez o discurso do Estado da União num clima profundamente marcado pelas adversidades vividas pelas tropas norte-americanas no Iraque – o maior fracasso da história militar do país – e, em conseqüência, tocado pela pulverização sem precedentes de sua popularidade.

Não bastasse a situação periclitante do ponto de vista político e mesmo das relações diplomáticas com o resto do mundo, Bush acusou a pressão de poderoso bloco industrial, que pede o corte imediato da emissão de gases do efeito estufa.

Pela primeira vez, o presidente admitiu abertamente a gravidade do aquecimento global do clima, deixando implícita a determinação do governo norte-americano de mudar o enfoque de sua política ambiental. O bloco integrado por gigantes como a Alcoa, DuPont, Caterpillar e General Electric, entre outros, defende a redução da emissão do dióxido de carbono em até 30%, no horizonte de quinze anos. As empresas solicitam, para alcançar o objetivo, o estabelecimento de um teto obrigatório de emissões e um sistema para a compra e venda de créditos de carbono.

Até agora o presidente Bush resistia em aderir ao grupo dos chefes de governo favoráveis à imposição de limites à poluição atmosférica. Contudo, as mudanças climáticas o levaram a mudar de idéia.

Afinal, o presidente da maior nação da Terra verga-se ao impacto das evidências científicas que apontam na direção do caos.

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