Brasília – Deputados do Conselho de Ética da Câmara, que anunciaram hoje o desligamento do colegiado, recuaram da decisão, depois de se reunirem com o presidente do órgão, deputado Ricardo Izar (PTB-SP). Os que decidiram ficar afirmaram que vão esperar a conclusão dos processos que envolvem deputados acusados de participar do esquema do mensalão.
Nove deputados assinaram o documento de desligamento do Conselho. O deputado Júlio Delgado (PSB-MG) manteve sua decisão e deixou o colegiado. "Respeito a posição dos colegas, mas existe um limite para cada um. O meu terminou hoje", afirmou Delgado. Os deputados Cezar Schirmer (PMDB-RS) e Orlando Fantazzini (PSOL-SP), que assinaram o documento, não participaram da reunião com Izar, porque viajaram para um compromisso em Buenos Aires. O deputado Nelson Trad (PMDB-MS) disse que vai esperar a conclusão dos processos relativos ao mensalão no Conselho e ler o voto referente a cassação do deputado José Mentor (PT-SP), no plenário da Câmara.
O deputado Chico Alencar (PT-RJ), marcou data para permanecer no Conselho. Ele disse que ficará até o dia 18 de abril, para votar o processo contra o deputado Vadão Gomes (PP-SP). Os deputados Carlos Sampaio (PSDB-SP), Benedito de Lira (PP-AL), Marcelo Ortiz (PV-SP) concordaram com a proposta de Izar de continuar no conselho até a conclusão dos processos do mensalão. O deputado Claudio Magrão (PPS-SP) ainda não se pronunciou sobre sua permanência ou não no conselho.
