Brasília, DF – Os deputados da comissão especial da Câmara que analisa o caso Parmalat querem transformá-la em uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito), com o objetivo de quebrar os sigilos bancário e fiscal das empresas do grupo no Brasil. A proposta foi defendida esta terça-feira pelo presidente da comissão, deputado Waldemir Moka (PMDB-MS), e por seu relator, deputado Assis Miguel (PT-PR), durante audiência pública na Câmara em que foram ouvidos representantes das empresas.
Miguel disse que tentará concluir até quinta-feira um relatório prévio sobre os trabalhos realizados pela comissão. O documento descreveria a situação do mercado leiteiro no Brasil e proporia ações governamentais para ajudar o setor. No entanto, Miguel e Moka defenderam que, para avançar também nas investigações sobre as operações da Parmalat no Brasil, seria necessária a criação de uma CPI. Dessa maneira, os deputados poderiam pedir a quebra dos sigilos bancário e fiscal da empresa e cruzar os dados que seriam fornecidos pelo Banco Central e pela Receita Federal com os depoimentos dos representantes da Parmalat já ouvidos pela comissão. (FolhaNews)