Deputados do PT serão julgados pela oposição no Conselho e Ética

Brasília (AE) – Os deputados do PT que não optarem pela renúncia e decidirem enfrentar o processo de cassação no Conselho de Ética estarão nas mãos da oposição. No caso dos petistas de São Paulo, serão relatores de seus processos parlamentares do PFL ou do PMDB não-governista. Para os de outros Estados, há uma terceira opção: o PSDB.

Este é o resultado do difícil quebra-cabeça montado pelo presidente do conselho, Ricardo Izar (PTB-SP), para escolher o deputado que fará o parecer de cada um dos 13 processos. A escolha é difícil porque o relator não pode ser do mesmo Estado nem do mesmo partido do investigado. Com 13 novos casos, mais os três que já estão em curso, foi necessário montar uma planilha de quem pode relatar o processo de quem.

Como ficam impedidos de renunciar depois de aberto o processo, os deputados não podem esperar a definição do relator para tomar a decisão. O parecer do relator recomenda o tipo de punição a ser aplicado e orienta os demais conselheiros na hora de votar o relatório.

Para fugir das reclamações de favorecimento e pedidos, Izar optou pelo sorteio entre os deputados que se enquadram nas exigências do regimento. Os deputados do PT de São Paulo são os que têm o menor número de opções para a relatoria. João Paulo Cunha, José Mentor e Professor Luizinho estarão submetidos ao parecer de um destes parlamentares: o peemedebista oposicionista Cezar Schirmer (RS), o peemedebista independente Nelson Trad (MS) e os pefelistas Jairo Carneiro (BA) e Edmar Moreira (MG). "A relatoria é um constrangimento", diz Carneiro, relator do processo que levou à cassação de Roberto Jefferson (PTB-RJ).

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