Os deputados João Pizzolatti (PP-SC), Ivan Ranzolin (PP-SC) e Leodegar Tiscoski (PP-SC) negaram hoje que tenham recebido o "mensalão", conforme a lista de supostos envolvidos divulgada ontem (17). Pizzolatti disse que "é um absurdo" a divulgação da relação de nomes.
"O jornal tem de ter responsabilidade. Assim, qualquer pessoa pode fazer acusações sem prova." Segundo ele, o partido "não faz parte do ‘mensalão’".
Pizzolatti, que apoiou a candidatura do presidente da Câmara dos Deputados, Severino Cavalcanti (PP-PE), havia sido acusado pelo presidente nacional licenciado do PTB, deputado Roberto Jefferson (RJ), de ser um dos operadores do pagamento a parlamentares para dar apoio a projetos do governo.
Agora, até duvida da existência do informante que fez a última denúncia. "Esse ex-funcionário do PP, como ele conhece o funcionamento? Ele recebia dinheiro? Ele participava do esquema?"
Ranzolin disse que ficou "surpreso" e "admirado" pelo fato de o jornal "O Estado de S.Paulo" divulgar uma acusação sem identificar a fonte. Também considerou estranho ver o próprio nome citado, uma vez que faz parte do grupo de parlamentares da legenda que faz oposição à administração federal.
"Fizeram uma denúncia misturando tudo. Mas comigo se enganaram. Não sei se vou ter saúde para chegar ao fim da ação. Meu filho pode continuar. Agora, quero saber quem vou ter de processar. Se a informação foi divulgada por alguém da comissão, vou processar o presidente da CPI."
Tiscoski, que é do mesmo grupo de Ranzolin, disse ter ficado indignado de ver o nome incluído "nessa lambança nacional", pois é da oposição e não poderia haver nenhum interesse para justificar qualquer pagamento a ele.
Desde maio, Tiscoski é tesoureiro nacional da sigla e assegura que não tem conhecimento de qualquer verba irregular. "Vamos à Justiça", afirmou.