A Assembléia Legislativa do Paraná aprovou nesta quinta-feira (29) requerimento do deputado Luiz Eduardo Cheida (PMDB) que solicita a CTNBio (Comissão Técnica Nacional de Biossegurança) a rejeição da liberação do milho transgênico Lyberty Link (LL), da multinacional Bayer CropScience, até que sejam realizados no Brasil e amplamente divulgados os devidos estudos de biossegurança.

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Os estudos até agora apresentados referem-se a outros países e, portanto, segundo Cheida, o Brasil tem outras condições naturais, como clima, solo, regime de chuvas e pragas. A CTNBio proferirá sua decisão nos dias 18 e 19 de abril.

Boi de piranha – O completo teor dos pareceres enviados à CTNBio pelas multinacionais tem se mantido em sigilo até agora. O Greenpeace divulgou que a solicitação de cópia do processo de liberação comercial do milho não foi completamente atendida pela CTNBio: faltaram 45 páginas que faziam menção à quantidade de agrotóxicos que chegará à mesa dos brasileiros.

O deputado Cheida, presidente da Comissão de Ecologia e Meio Ambiente da Assembléia, argumenta que o Brasil está prestes a servir como ?boi de piranha? para a introdução do milho LL, já rejeitado em países da Europa. ?Queremos cautela e transparência nesta análise. A Lei de Biossegurança – aprovada em 2005 no Brasil – não pode ser desrespeitada?, afirmou.

Se for liberado, o milho transgênico pode se alastrar rapidamente já que a planta se reproduz pela polinização cruzada. Além da perda de biodiversidade, relatórios apontam sérios riscos à saúde humana, de náuseas a nascimentos de fetos prematuros e abortos, já que a quantidade de resíduo de agrotóxico que permanece no milho transgênico é maior do que a registrada no milho convencional.

?O problema é de segurança nacional?, avalia Cheida. E sugere à população que se manifeste sobre a polêmica enviando cartas à CTNBio (www.ctnbio.gov.br).

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