Albuquerque no entanto elogiou o aumento do salário família, que passou de pouco mais de R$ 13 para R$ 20. “Isso dá uma folga para as famílias mais pobres, que têm filhos menores e que vivem em dificuldades. Acho que é uma medida compensatória, enquanto o aumento do salário mínimo seria uma medida mais definitiva. Compreendemos o reajuste, mas tristes todos estamos, gostaríamos de um aumento maior”.
O presidente do PPS, deputado Roberto Freire (PE), criticou o aumento do mínimo de R$ 240 para R$ 260. “Infelizmente temos um governo que continua sem política para o salário mínimo, que é definido em função do que resta no Orçamento e do que é compatível com a estabilidade fiscal e necessidades da previdência”.
O líder do PFL, deputado José Carlos Aleluia (BA), também condenou o novo salário mínimo. “Essa é mais uma pilastra de sustentação da imagem do presidente Lula que desaba”. Segundo Aleluia, o presidente não foi capaz nem mesmo de dar a correção da cesta básica. “Esse novo valor frustra a todos, até mesmo ao presidente, porque ele reconhece a incapacidade do governo de que não está conseguindo manter o poder de compra do trabalhador”.
Para o vice-líder do PSDB, deputado Eduardo Paes (RJ), esse aumento “é uma tragédia do compromisso assumido pelo presidente de dobrar o valor do salário mínimo”. Paes afirmou que o salário mínimo é o principal instrumento de combate à pobreza. Segundo ele, o PSDB dispõe de estudo que mostra que o salário mínimo atinge 22 milhões de brasileiros, enquanto que o salário família atinge apenas seis milhões.
O líder do PCdoB, deputado Renildo Calheiros (PE), também criticou o aumento. “Acho o aumento muito baixo. Tínhamos expectativa de que teríamos um valor maior”. Ele reclamou uma política permanente para o salário mínimo para não ficar discutindo o assunto a cada ano.
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