O deputado Reinaldo Gripp (PL-RJ) disse nesta quinta-feira (10) que a aprovação do relatório do senador Amir Lando (PMDB-RO) pela CPMI dos Sanguessugas foi "um grande palco, de vários atores pouco preocupados com a verdade". O parlamentar foi incluído na lista dos 72 parlamentares contra os quais, segundo o relatório, há provas contundentes ou fortes indícios de envolvimento com a "máfia das ambulâncias". Ele contesta a acusação. "Entrei na Câmara em setembro de 2005 e não há uma emenda minha aprovada para ambulância. Fui suplente em 2001 e 2002, votei orçamento e não me reelegi", explicou.

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De acordo com Gripp, os próprios empresários da Planam teriam afirmado que as emendas que ele apresentou não foram usadas. "Mesmo assim, eles falaram que me deram R$ 200 mil. Bonzinhos demais, não é?" questionou.

Calúnia e difamação

O deputado disse que vai se defender na Corregedoria ou no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar. "Vou processar esses criminosos por calúnia e difamação e bater palmas para esses deputados que querem se promover na mídia por meio de parlamentares que não têm nada a ver com isso, são inocentes", sustentou.

Gripp disse que foi prejudicado pelas acusações, mas afirmou ter certeza de que, mesmo assim, vai se reeleger e provar sua inocência. O deputado suspeita que pode estar sendo perseguido "por ter assumido no lugar de um ex-deputado comprometido até a alma, que é o ex-Bispo Rodrigues". Os empresários, nas gravações, acrescentou, falavam no nome dele (Rodrigues) e no de Gripp. "Só sei que, em momento nenhum, eu pude me defender", lamentou.

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