Auditoria do Ministério da Saúde no Hospital Sagrado Coração de Jesus, em São Sebastião do Paraíso, no interior de Minas Gerais, revela a existência de superfaturamento no pagamento de procedimentos médicos feitos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) que pode resultar numa fraude milionária. A estimativa dos técnicos do SUS, que ainda não concluíram os trabalhos, é que o desvio pode chegar a R$ 6 milhões. De acordo com o site do jornal Estado de Minas, o hospital pertence ao deputado estadual Rêmolo Aloise (PSDB), vice-presidente da Assembléia Legislativa, que estaria usando a sua influência para dificultar a fiscalização e o controle das contas da instituição, que deveriam ser feitas pela Gerência Regional de Saúde, localizada em Passos.
O parlamentar negou as acusações e disse que seus adversários políticos estão por trás das denúncias.
A auditoria destaca, entre outras irregularidades, cobranças indevidas em pelo menos 1.256 procedimentos médicos, existência de laudos iguais em exames de pacientes diferentes, de assinaturas semelhantes para pacientes diferentes e falta de comprovação de consultas e exames cobrados e recebidos. As denúncias foram feitas pelo Conselho Municipal de Saúde a partir de uma nota técnica do serviço de controle, avaliação e auditoria da Prefeitura de Paraíso. O hospital também é investigado pelo Ministério Público e pelo Tribunal de Contas da União.