Deputado Delfim Netto quer um pouco mais de crença no Legislativo

O deputado Delfim Netto (PP-SP) pediu hoje "um pouco mais de fé" da sociedade no Congresso. Embora reconheça a gravidade das denúncias de corrupção que envolvem mais de uma dezena de parlamentares, Delfim Netto disse que o Legislativo tem os mecanismos de defesa para apurar e punir os que violaram a ética congressual.

"Tenho esperança que isso acontecerá com tranqüilidade", afirmou. "Não vejo nenhum risco para a instituição com este problema." Ao falar durante um seminário que discutiu os impactos da crise política no desempenho da economia, promovido pela Internews, ele afirmou que deve ser feita uma distinção entre a política e a economia, dizendo que a atual fase política se aproxima de um " caso de polícia".

"Trata-se de uma desordem produzida por incompetência administrativa", disse. De acordo com Delfim Netto, embora o PT tenha 20% dos parlamentares do Congresso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva preencheu 90% dos cargos federais com representantes do partido – muitos deles, além de inexperientes, eram incompetentes, segundo o deputado do PP de São Paulo.

"Foi por conta deste erro que estamos pagando agora", garantiu. Delfim Netto foi enfático ao declarar que não acredita que seja discutido um acordo entre o governo e a oposição para contornar o atual momento.

"Isso não vai terminar em pizza", sustentou, dizendo-se convencido de que o Legislativo, por meio da Comissão de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara, promoverá as punições necessárias, de acordo com a lei e o regimento interno.

O deputado do PP esclareceu ainda que descarta, integralmente, a possibilidade de Lula, "no momento de desespero", dar uma guinada populista.

"Não há o menor risco dessas coisas", prosseguiu, completando, em seguida": "Ele foi eleito com a ‘Carta aos Brasileiros’ e não vai sair do que está lá."

Para Delfim Netto, a sociedade deveria pressionar o Congresso para que seja aprofundada neste momento a política econômica.

Nesse sentido, o deputado tornou a defender a necessidade de um choque de gestão que permita um ajuste fiscal sólido, que leve à redução da taxa de juros.

"Precisamos de uma mudança profunda que precisa ser feita agora. Há disposição (no Legislativo) de fazer desse limão uma limonada para aprovar as mudanças do mix da política econômica", acentuou.

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