O deputado estadual José Caldini Crespo (PFL) criticou hoje, em Sorocaba, a realização do referendo previsto no Estatuto do Desarmamento em ano não eleitoral. Segundo ele, a mobilização de 120 milhões de eleitores em todo o País para votar "sim" ou "não" à proibição do comércio de armas e munição, dia 23 de outubro, vai custar até R$ 600 milhões.

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O gasto supera o faturamento anual somado das duas maiores fabricantes de armas do País, segundo ele. A despesa, argumenta, poderia ser evitada se o referendo coincidisse com o calendário eleitoral.

"Mesmo nesta conturbada época de mensalões dá para fazer muita coisa com R$ 600 milhões e um gasto dessa ordem deveria ter sido levado em conta pelos legisladores que elaboraram e aprovaram o Estatuto do Desarmamento." Segundo ele, daqui a um ano haverá eleições para presidente, governador, deputados e senadores. "Que mal haveria se, além daquelas escolhas, os eleitores tivessem também que decidir sobre a proibição de armas e munições?"

Crespo disse que não discute a importância do referendo, apenas a convocação dos eleitores de forma "temporã", numa das eleições "mais caras da nossa história" para decidir algo que poderia ser feito com outra eleição, "sem gastos extras para o contribuinte".

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