Brasília – O deputado Roberto Brant (PFL-MG) depõe, neste momento, no Conselho de Ética da Câmara. Ele foi apontado pelas comissões parlamentares de inquérito (CPIs) dos Correios e da Compra de Votos como um dos beneficiários de recursos da agência SMP&B, de Marcos Valério de Souza, durante a campanha para a prefeitura de Belo Horizonte em 2004.
Brant reconheceu que recebeu R$ 102,8 mil da SMP&B, mas afirmou que esse dinheiro era uma contribuição da empresa Usiminas. "A Usiminas me procurou durante a campanha oferecendo recursos. Eu aceitei, mas utilizei o dinheiro para pagar um programa que foi veiculado antes da campanha, em maio", informou Brant ao conselho. "Portanto, não se tratou de uma doação para a campanha (eleitoral)."
O deputado, que já foi ministro da Previdência Social, informou que a empresa Planeta Política, de Curitiba, foi a responsável pelo programa pré-eleitoral. Segundo ele, a orientação para fazer o programa foi do PFL.
Independentemente do resultado do processo no Conselho de Ética, Brant disse que está decidido a deixar a vida pública após o termino do próximo mandato como deputado. "Diferente de muitos, vim aqui preservar meu passado político. Espero que esse conselho me faça justiça, arquivando a representação. Mas eu jamais esquecerei esse episódio. Vou sepultar minha vida pública e absolvição será uma modesta reparação", afirmou.
