O senador Ney Suassuna (PMDB-PB) começou a depor do Conselho de Ética do Senado, no processo de envolvimento em esquema de compra superfaturada de ambulâncias com recursos provenientes de emenda ao Orçamento. Ele se apresentou sem advogado, por considerar desnecessário, já que a causa é política. O senador também disse que esse é o momento de explicar diversas coisas que, segundo ele, ?ninguém quis ouvir?. ?Quero que seja aberto (o depoimento) para que tudo o país veja minhas alegações?, afirmou.

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O senador da Paraíba foi acusado de ter recebido dinheiro da Planam, da conta de um assessor, para apresentação de emendas destinadas à compra de ambulâncias. Suassuna é um dos três senadores acusados de envolvimento no esquema. Além dele, estão sendo investigados Serys Slhessarenko (PT-MT) e Magno Malta (PL-ES). Na última semana, o conselho começou a ouvir testemunhas sobre os casos.

Na semana passada, o presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Sanguessugas, deputado Antônio Carlos Biscaia (PT-RJ), disse em depoimento no Conselho de Ética que ouviu de Suassuna (PMDB-PB) que 90% dos parlamentares recebem uma ?beirada? das emendas.

Segundo Biscaia, a afirmação foi feita quando o senador paraibano o procurou na sala da CPMI para ver o processo que corre contra ele. Ainda de acordo com o deputado, Suassuna disse que não estava envolvido no esquema, e que isso era "coisa" de seu ex-assessor, Marcelo Cardoso de Carvalho.

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