O relatório da Controladoria-Geral da União (CGU) que inclui mais quatro parlamentares na máfia das ambulâncias criou um racha na CPI dos Sanguessugas. O presidente da comissão, deputado Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ), anunciou ontem que notificaria os deputados Aroldo Cedraz (PFL-BA), Márcio Reinaldo Moreira (PP-MG), Arolde de Oliveira (PFL-RJ) e João Almeida (PSDB-BA). A declaração causou reação de outros parlamentares da CPI, que viram na decisão uma jogada política do governo para tentar atingir a oposição. O deputado João Almeida, por exemplo, é um dos principais escudeiros do candidato tucano à Presidência Geraldo Alckmin. Cedraz e Oliveira pertencem ao PFL, partido aliado do PSDB.

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Nenhum dos quatro novos nomes é citado no depoimento do empresário Luiz Antônio Vedoin, sócio da Planam, ou em planilhas de sua empresa indicativas de pagamento de propina, mas dois deles surgem em documentos apreendidos pela Polícia Federal em poder da CPI, aos quais o Estado teve acesso. O nome de Aroldo Cedraz está em pelo menos quatro documentos arquivados nos computadores da Planam e indicam que integrantes do esquema mantiveram algum contato com ele.

Em dois documentos, constam nomes, e-mails e telefones de contato relacionados aos municípios de Planaltina, Planalto, Novo Mundo e Capela do Alto Alegre. Na coluna ?contato?, no caso do município de Planalto, consta o telefone do gabinete de Cedraz e o nome Sérgio. De fato, há um funcionário com esse nome lotado no gabinete de Cedraz.

Outro documento é um bilhete possivelmente trocado entre funcionários da Planam: ?Favor providenciar número de protocolo referente aos seguintes deputados.? A lista que se segue inclui Cedraz, Jonival Lucas (PTB-BA), Paulo Magalhães (PFL-BA), Coriolano Sales (PFL-BA) e João Caldas (PL-AL), além de outros dois ex-deputados.

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