O envolvimento do parlamentar foi descoberto porque algumas das garotas voltaram de Barcelos, no dia 19, a bordo do barco regional Princesa Laura, que naufragou no Rio Negro provocando a morte de 13 pessoas, entre elas cinco garotas do grupo que viajara no iate Amazônia acompanhando o deputado e um grupo de homens. Com o naufrágio, a prática de aliciamento de garotas de programa para orgias a bordo foi revelada.
De acordo com os depoimentos das garotas de programa à delegada Graça Silva, da Deapca, o deputado Benício era um dos mais atuantes durante a orgia sexual. Sempre alardeando sua condição de deputado, andava sempre com uma pasta preta, da qual retirava dinheiro para pagar as moças por alguns “atendimentos extras”. Uma delas contou que o deputado havia pago R$ 1 mil para que uma das meninas praticasse sexo anal com ele.
Hoje (29) pela manhã, mais quatro garotas prestaram depoimento e praticamente repetiram o que as outras cinco haviam dito na terça-feira, incriminando ainda mais o deputado e os demais participantes da orgia. Destes, somente o empresário paulista Flávio Talmelli foi oficialmente identificado.
De acordo com a delegada Graça Silva, os envolvidos devem ser indiciados por favorecimento à prostituição, artigo 228 do Código Penal, que prevê pena de até cinco anos de prisão.
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