O ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Jaques Wagner, afirmou, nesta sexta-feira, por meio de sua assessoria de imprensa, que o depoimento do advogado Rogério Buratti é "inconsistente, sem provas e só visa a obter benefício próprio por meio da delação premiada".
O ex-assessor do ministro da Fazenda, Antonio Palocci, no período em que era prefeito de Ribeirão Preto, prestou depoimento nesta sexta-feira na Delegacia Seccional de Ribeirão Preto. Com a delação premiada, Buratti poderá ter a pena reduzida em troca da divulgação de informações.
Wagner, que está no Rio de Janeiro, afirmou ainda que Palocci "é um homem público de responsabilidade e respeitabilidade".
Buratti disse, nesta sextafeira, que o ministro da Fazenda, quando era prefeito de Ribeirão Preto, recebia recursos da empresa Leão&Leão, prestadora de serviço de coleta de lixo na cidade.
Palocci, em nota divulgada nesta tarde pelo Ministério da Fazenda, negou "com veemência" a veracidade da informação. "O ministro Antônio Palocci afirma que recebeu contribuições em sua última campanha para a prefeitura de Ribeirão Preto da empresa Leão&Leão e de outras empresas, o que está devidamente registrado na prestação de contas levada ao Tribunal Regional Eleitoral. Tais contribuições foram feitas e registradas com absoluta observância da legislação eleitoral", diz o comunicado.
