Depoimento de Berzoini na PF dura quase duas horas

Durou quase duas horas o depoimento do ex-ministro e ex-coordenador da campanha à reeleição do presidente Lula, deputado Ricardo Berzoini (PT-SP), ao delegado da Polícia Federal, Diógenes Curado Filho, em Brasília, sobre o suposto envolvimento no episódio do dossiê Vedoin. Berzoini saiu pela garagem privativa, sem falar com a imprensa, do mesmo modo como entrou.

O depoimento estava previsto inicialmente para as 14 horas. Mas como Berzoini tem a prerrogativa de escolher o local e o horário do depoimento, por ser deputado, ele decidiu antecipá-lo para as 10h30. Berzoini deveria responder sobre suposto envolvimento no processo de tentativa de compra de dossiê para prejudicar candidatos do PSDB. Há indícios de que ele tinha conhecimento da compra do dossiê por membros do PT. A situação de Berzoini é delicada porque vários dos petistas envolvidos no escândalo eram seus subordinados no comitê de campanha à reeleição do presidente Lula.

Duas semanas antes do primeiro turno, a PF prendeu os petistas Gedimar Passos e Valdebran Padilha com R$ 1,75 milhão. O dinheiro, cuja origem ainda não foi identificada, seria usado para comprar um vídeo, um DVD e fotos que mostravam Serra, quando era ministro da Saúde, numa cerimônia de entrega de ambulâncias do esquema sanguessuga.

A relação dos envolvidos no caso levou a crise para o comitê de campanha de Lula, então dirigido por Berzoini. Além de Gedimar, que fazia análise de documentos, foram citados assessores de confiança do deputado, como seu ex-secretário no Ministério do Trabalho Oswaldo Bargas, coordenador de programa de governo, e Jorge Lorenzetti, analista de mídia e risco do PT.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo