O presidente Nacional do PMDB, Michel Temer, afirmou há pouco, para a Agência Estado, que as denúncias de envolvimento de parlamentares do partido num esquema de pagamento de propinas patrocinado por Itaipu, conforme noticiado pela revista "Veja", ainda não está comprovado e, portanto, não merece medidas internas da legenda.

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"O que se tem até agora são suposições, declarações de um sujeito de que teria dado algum dinheiro a deputados do PMDB. Mas ainda não há nada de concreto. Não se pode tomar medidas por conta de suposições", disse Temer, em referência às gravações das conversas do advogado Roberto Bertholdo, principal assessor do ex-deputado José Borba e então membro do conselho de Itaipu, com seu sócio Sérgio Renato Costa filho.

Segundo Temer, que encabeça a lista dos oposicionistas do PMDB, Bertholdo não era indicado oficial do partido ao cargo de conselheiro da estatal e, se representava alguém do partido, eram os parlamentares da ala governista. "Nunca falei com esse Bertholdo. Ele não era uma indicação institucional. Se havia alguma indicação era da liderança ou dos governistas. A oposição nunca participou disso", diz.

Segundo os cálculos de Temer, no período das gravações das conversas de Borba, em 2004, a oposição tinha em torno de 40% da bancada, ou cerca de 33 deputados. Segundo a denúncia da revista, 55 dos 81 deputados do partido receberam o dinheiro de Itaipu.

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O presidente nacional do PMDB ainda disse que, no momento, não será possível agir no sentido de esclarecer, internamente, as denúncias. "Não se tem sequer um nome de deputado mencionado na matéria, a não ser o do Borba, que já renunciou. Me dê um nome, que partiremos para ação. Só posso abrir uma sindicância depois que tivermos nomes", esclarece.

Para o deputado, a denúncia, entretanto, é válida e merece a apuração da CPMI. "O Serraglio (relator da comissão e deputado do PMDB) já disse que tem novos nomes e, se aparecerem nomes do PMDB, tenho certeza que a comissão vai apurar e esclarecer o envolvimento."

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