As investigações das denúncias de corrupção envolvendo deputados e senadores já resultaram nas primeiras baixas para o parlamento. Até agora, três representantes eleitos em 2002 perderam seus mandatos. Dois deles ? o deputado Valdemar Costa Neto (PL-SP), que renunciou ao mandato no dia 1º de agosto, e o deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ), cassado esta semana ? eram presidentes de seus partidos.

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O terceiro a perder seu posto no parlamento foi o deputado Carlos Rodrigues (PL-RJ), que renunciou na última segunda-feira (12) com o objetivo de evitar a inelegibilidade até 2015. Desde o início da crise política no parlamento, nove processos de cassação no Conselho de Ética (órgão responsável por analisar se os deputados feriram, ou não, as regras do parlamento) foram iniciados, a partir de representações partidárias.

Jefferson, até agora, foi o único cujo processo culminou com a cassação. Cinco se livraram das punições. No dia 16 de agosto, o Conselho aprovou por 11 votos a zero o arquivamento das representações feitas pelo PL contra quatro deputados do PTB. As representações eram contra Sandro Matos (PTB-RJ), Neuton Lima (PTB-SP), Joaquim Francisco (PTB-PE) e Alex Canziani (PTB-PR).

A outra representação que foi arquivada era contra o deputado Francisco Gonçalves (PTB-MG), por quebra de decoro parlamentar. O PL entrou com o pedido baseado em notícias de que o parlamentar teria visto uma mala de dinheiro no Plenário e não denunciou o fato.

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Os outros três processos restantes são os movidos contra os deputados José Dirceu (PT-SP), Sandro Mabel (PL-GO) e Romeu Queiroz (PTB-MG). Esta semana, o Conselho de Ética prossegue ouvindo as testemunhas do processo movido contra Dirceu e também começa a ouvir as testemunhas do processo de Mabel.

O parlamentar do PL, no entanto, deve se livrar do atual processo, cuja representação foi apresentada pelo PTB. Isso porque o ex-deputado Roberto Jefferson solicitou à direção do partido que retire a representação contra Mabel.

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Jefferson disse que não conseguiu reunir provas suficientes contra o líder do PL, além do depoimento da deputada Raquel Teixeira (PSDB-GO) que acusou Mabel de oferecer-lhe R$ 1 milhão para trocar o PSDB pelo PL, além de R$ 30 a R$ 50 mil por mês em troca de apoio ao governo.

Mas mesmo se livrando do processo apresentado pelo PTB, o líder do PL terá que explicar os recursos que teria recebido das contas de Marcos Valério de Souza, apurados pela CPMI dos Correios com a quebra dos sigilos bancários do empresário.