Matéria extraída do blog GoLuck (http://goluck.wordpress.com)
Por Lucas Patricio, editor colaborador do portal MisterApe
Um sol de 40 graus. Eu estava acompanhado de meu amigo Orlando Ortiz, no papel de Chris Redfield, e eu representado pela bela Sheva Alomar, estreante da série.
Primeiro minuto do demo: estávamos ainda nos familiarizando com os comandos. Tudo muito parecido com Resident Evil 4: visão por trás do ombro, jogabilidade usando mira e tiro, corrida segurando botões. Tudo igual.
Ok. Após acostumados com os controllers, descemos uma pequena estrada de areia até avistar uma pequena casa.
Ao entrar, fomos recebidos com uma animação sensacional, mostrando um líder pronunciando algumas palavras em meio a uma grande população de olhos vermelhos, que gritavam pela execução de um prisioneiro. Um golpe de um machado com quase dois metros decepou o coitado. Agora o líder apontava para nós. Fomos descobertos. DANOU!
O jogo volta com os dois personagens dentro da casa. Os “zumbis” vinham aos montes para cima de nós. Falei para o Orlando segurar eles enquanto eu bloqueava as entradas com armários. Isso deveria nos dar um pouco mais de tempo. Só foi tempo suficiente para quebrar algumas prateleiras e abrir gavetas atrás de munição.
Em pouco tempo já estávamos rodeados de uns cinco monstros. Enquanto atirava, o Orlando buscava a saída mais segura. “Vamos por aqui”, e saímos correndo pela porta dos fundos.
Enquanto corríamos desesperados, com o coração na boca, vimos o cara do machado por perto. DANOU! Empunhei uma sniper e dei cobertura para o Orlando enquanto ele subia em uma casa para buscar abrigo. Fui acertado algumas vezes por zumbis que me flanqueavam. Decidi correr.
Me uni novamente ao meu companheiro e nos vimos cercados de monstros. E agora? Corremos um pouco e explodimos um barril. Ufa. Pelo menos uns dez inimigos viraram lesma. Mas ainda precisávamos sobreviver mais alguns minutos, enquanto o reforço não chegava.
Após mais alguns minutos correndo, uma animação mostra um helicóptero chegando. Um dos passageiros saca um lança-foguetes e atira contra uma horda de zumbis. Cabum! Casas desmoronam, madeira e sangue para todos os lados. Estávamos salvos.
Mas a tranqüilidade durou pouco. Decidimos encarar a segunda fase presente no demo. E quem iria resistir? A ação desta vez começou mais devagar. Investigamos o local em busca de munição e armas. Em vários momentos precisamos agir em dupla para abrir portas ou chegar em outros locais.
Após me arremessar para o outro lado de uma construção, Orlando me deu cobertura com uma sniper, enquanto eu tentava abrir uma porta para ele poder prosseguir. Foi então que um ser de saco de batata na cabeça apareceu. Ele ligou uma moto-serra. Começou o desespero.
Foram cinco minutos de pânico. As mãos tremiam e cada tiro precisava ser certeiro. Enquanto eu atraia a atenção do inimigo, o meu parceiro acertava tiros de sniper. Após conseguir dar alguns chutes e socos, após granadas bem acertadas, o zumbi da serra caiu. Após um grito de alegria – e sufoco, respiramos e voltamos as nossas atenções a TV.
Agora sim poderíamos respirar. A porta que vinha a seguir indicava que o demo iria acabar. Eu não queria ir! Mas… acabou.
Fiquei olhando alguns segundos para a tela que indicava “coming soon”. O que posso concluir dessa experiência é: Resident Evil 5 possui uma das experiências multiplayers mais impressionantes que já experimentei. A necessidade de estar sempre perto de seu companheiro é impressionante. Trabalhar em grupo é prazeroso e natural. Trocar munição, ajudar a se curar, ou dar um golpe para livrar o amigo de um “abraço-zumbi”.
Os gráficos são simplesmente sensacionais. Mas nem vou me prender a parte técnica, já que o grande barato de jogar Resident Evil 5 é a imersão. O medo. A tensão. Nisso, a série continua campeã.