Os trabalhadores da Varig, que estão sendo demitidos pela companhia aérea, querem a ampliação, por mais dois meses, do pagamento do seguro-desemprego. O pedido de ampliação do seguro-desemprego foi entregue na última sexta-feira pelos aeroviários ao ministro do Trabalho, Luiz Marinho. Segundo a assessoria de imprensa do Ministério, o ministro não prometeu nada, mas se comprometeu a avaliar a questão. "Não se pode pensar numa ação focada só no desemprego", disse o ministro.
Marinho argumentou que é preciso aguardar a ação da nova empresa que acabou de assumir e que vai ficar com uma parte dos empregados da antiga Varig. O Ministério do Trabalho também espera que outras companhias aéreas, como Gol e TAM, possam absorver uma parcela dos funcionários demitidos.
O pedido dos aeroviários baseia-se nas resoluções aprovadas há duas semanas pelo Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat). No dia 17 de julho o Codefat aprovou a ampliação de duas parcelas do seguro-desemprego para os trabalhadores desempregados da indústria de calçados, móveis e máquinas e implementos agrícolas.
São setores que vêm sofrendo queda do emprego por mais de 12 meses seguidos. Normalmente as parcelas do seguro-desemprego variam de um mínimo de três a um máximo de cinco, dependendo do número de meses trabalhados nos últimos três anos anteriores à demissão sem justa causa que o trabalhador consegue comprovar. Por lei, o Codefat tem a prerrogativa de estender por até dois meses as parcelas do seguro-desemprego para grupos específicos de trabalhadores.