Com o final da Copa de 2002, as atenções do mundo do futebol se voltam para os problemas financeiros e políticos da Fifa. Nesta quinta-feira, Joseph Blatter, reeleito presidente da entidade máxima do futebol por mais quatros anos, anunciou o fim do mandato do secretário-geral da Fifa, Michel Zen-Ruffinen, que atacou o atual presidente durante a campanha eleitoral nos últimos meses. A partir desta sexta-feira, o cargo passa para as mãos de Urs Linsi, ex-diretor de Finanças da entidade e fiel aliado de Blatter.
Zen-Ruffinen acusava Blatter de comandar um esquema de administração que acabava gerando benefícios aos diretores da entidade. Além disso, Zen-Ruffinen mostrou, em um documento em maio, provas de que a gerência de Blatter não respeitava as regras da entidade e era pouco transparente.
Outros membros da Fifa tentaram acusar o presidente de corrupção e de subornar delegados para conseguir se eleger em 1998 para seu primeiro mandato.
A tentativa de Zen-Ruffinen, portanto, era de impedir que Blatter conseguisse ser reeleito para o cargo máximo do futebol. Mas com a vitória folgada do suíço, antes do início do Mundial, não restou outra alternativa à Zen-Ruffinen senão aceitar seu afastamento.