DEM libera críticas a tucanos ‘adesistas’ a Lula

Depois que o PSDB subiu duas vezes a rampa do Palácio do Planalto para visitar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o DEM (ex-PFL) aproveitou a deixa para expor a crise no casamento de 13 anos entre os dois partidos. ?Os Democratas só vão subir a rampa em 2011?, reagiu o presidente da sigla, deputado Rodrigo Maia (RJ). A frase reflete menos a certeza sobre o que acontecerá na sucessão de Lula e mais a convicção de que o DEM terá candidato próprio, deixando de ser parceiro dos tucanos.

A divisão da oposição ficou evidente em duas frases proferidas pelos seus líderes na semana passada, mostrando que o DEM quer ser para o governo Lula o que o PT foi para o governo FHC: oposição pela oposição. ?É indispensável proceder como uma cão macho, que aparta claramente seu território e cuida dele?, disse o líder do DEM na Câmara, Onyx Lorenzoni (RS). ?Onyx não é meu paradigma na Câmara?, rebateu o líder do PSDB, deputado Antonio Carlos Pannunzio (SP).

O jornal O Estado de S. Paulo apurou que, para coroar essa troca de chumbo político, o comando do DEM liberou seus parlamentares para criticar o PSDB e ?denunciar os atos adesistas? dos tucanos ao governo Lula. Bem antes das visitas do governador José Serra (SP) e do senador Tasso Jereissatti (CE) a Lula, PSDB e DEM vinham se estranhando nos Estados e em Brasília, de público e nos bastidores do Congresso. ?Fica difícil afinar a viola da oposição quando não se tem foco?, resume o senador Sérgio Guerra (PSDB-PE), ao admitir a falta de sintonia entre os partidos.

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