Delúbio Soares nega ter pedido dinheiro a Daniel Dantas

O ex-tesoureiro do PT, Delúbio Soares, disse na CPI dos Bingos que não pediu nem recebeu dinheiro do banco Opportunitty, de Daniel Dantas. Em entrevista à revista Veja, Dantas disse que teria sido pressionado pelo PT para dar entre US$ 40 milhões e US$ 50 milhões ao governo Lula. "Nunca houve esse pedido da minha parte", disse Delúbio.

Delúbio confirmou que teve um encontro com Daniel Dantas, em julho de 2003, e reafirmou a versão de que foi dizer que o PT não tinha restrições ao Opportunity. O ex-tesoureiro disse não conhecer Verônica, irmã de Dantas, a qual deu um depoimento à Corte norte-americana em que revelou as pressões. Delúbio afirmou que soube do caso pela CPI dos Bingos, quando o senador Arthur Virgílio (PSDB-AM) entregou um documento sobre o assunto. Delúbio confirmou apenas que a Vale do Rio Doce fez doações à campanha de Lula, mas disse não lembrar dos valores.

Parlamentares do PFL insistiram em saber a origem do dinheiro depositado pelo presidente do Sebrae, Paulo Okamotto, para pagar uma dívida de Lula ao PT. Delúbio disse ter tomado a iniciativa de cobrar a dívida "dentro das obrigações administrativas" que tinha no PT. Ele disse que depois da eleição Lula nomeou Paulo Okamotto como seu procurador para resolver sua situação financeira, uma vez que Lula recebia salário do PT desde 1990. Coube a Okamotto pagar as despesas. "Minha obrigação era cobrar e eu cobrei", disse.

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