Antônio Cruz/ABr |
Sobre as denúncias de doação de dinheiro de Cuba para o PT, o ex-tesoureiro disse que tomou conhecimento pela imprensa. |
O ex-tesoureiro do PT, Delúbio Soares, negou a existência de Caixa 2 na campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de 2002 e disse que nunca soube de recursos que, segundo denúncias, teriam sido repassados da Prefeitura de Santo André para o PT Nacional. "Eu nunca tive participação na prefeitura de Santo André. Não sei nem onde fica a Câmara dos Vereadores", afirmou. As declarações foram feitas durante depoimento na CPI dos Bingos que começou no fim da manhã.
Em relação a recursos que teriam sido repassados da Prefeitura de Ribeirão Preto para a campanha de Lula, por meio da empresa Leão & Leão, Delúbio disse desconhecer o esquema. "Eu nunca recebi dinheiro do senhor Ralph Barquete", afirmou, ao ser indagado pelo relator da CPI, Garibaldi Alves, sobre o ex-assessor, já morto, do então prefeito Antonio Palocci.
Sobre as denúncias de doação de dinheiro de Cuba para o PT, Delúbio disse que tomou conhecimento pela imprensa. Ele afirmou que não conhece outro ex-assessor de Palocci, Rogério Buratti. "Nunca falei com ele, nunca o vi". Ele afirmou desconhecer também o plano do PT de arrecadar R$ 1 bilhão, conforme esquema revelado pelo ex-secretário geral do partido, Silvio Pereira, em recente entrevista ao jornal O Globo.
Delúbio confirmou que conhecia o assessor parlamentar do ex-ministro José Dirceu, Waldomiro Diniz, mas que não teve nenhuma relação com ele em 2002. Ele reafirmou a versão de que recorreu a empréstimo bancário para pagar as dívidas contraídas pelos diretórios do PT e de partidos aliados, durante as eleições de 2002.
Sobre a sua relação com o presidente do Sebrae, Paulo Okamoto, Delúbio disse que conviveram na época da campanha, porque Okamoto era o responsável pela administração do Comitê Geral em São Paulo. "Ele (Okamoto) não tinha relação financeira na campanha". disse.